segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Uma pata amarela mais um poema para ser cantado com suas crianças...

PATAMARELA
LSDC

Patamarela
Patamarela
Eu gosto dela!

Folha branca
Lápis de cor
Uma idéia na cabeça
Que calor!

Um risco que sobe
Outro que desce
Até parece magia
Que alegria!

Patamarela
Patamarela
Eu gosto dela!

Na folha branca
Majestosa pata surgiu
Você viu!
É ela, é ela!

Patamarela
Patamarela
Eu gosto muito dela
!

domingo, 14 de dezembro de 2008

Terceira estorinha para suas crianças...

OS SINOS FALAM...
LSDC
Quando criança, aquela menininha ouvia sempre os sinos da igreja, mesmo não dando muita atenção. Eles tocavam durante todo o dia, marcando a hora e a meia hora.
Existiam, também, os sinos de domingo, que chamavam as pessoas para a missa e, também, os sinos que choravam quando alguém morria...
Nos dias religiosos, importantes - Natal, Páscoa - eles ficavam dançando contentes, convidando para a festa. Era tão bom descobrir o que eles queriam dizer!
Entretanto, com o tempo, os sinos foram ficando quietos e desaparecendo. Agora é muito mais difícil ouvi-los. Existem poucos.
Um dia, porém, essa menina descobriu que havia um lugar, nesse mundo, onde os sinos estão todos vivos. É um lugar com muitas igrejas bonitas, grandes, cheirando a incenso e a vela. Lugares de teto bem, bem alto. Para ver as pinturas lá em cima, temos que virar a cabeça toda para trás e ficar de boca aberta!
Nesse lugar que ela descobriu podem-se ouvir os sinos nos chamarem a qualquer hora. Para nossa menininha que antes morava na frente daquela igreja, estar nesse lugar de sinos vivos, é como reencontrar amigos queridos.
Na realidade, esses amigos estão sempre presentes na sua memória e quando escuta suas badaladas, novamente, tem uma doce sensação de reencontro e de felicidade...





"Permitam lembrar que o percebido não pode perceber" Huang Po

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Segunda estorinha para suas crianças...

SEIS BICHINHOS DIFERENTES NUMA CASA SÓ[1]
LSDC
Luiza tem seis bichinhos em casa e um bicho grande longe de casa. Ela gosta muito de todos e brinca sempre com eles – com cada um é brincar de jeito próprio. Por exemplo, pegar no colo, só alguns. Montar em cima, menos ainda. Assobiar é para todos, principalmente para aquele que não pode se tocar, nem pegar no colo. Todos diferentes, mas igualmente, malandrinhos.
Lili defende a Frida dos ataques do Bom Bini. Este, por sua vez, se recupera de um derrame fazendo força para enfrentar Juju e Lili.
O cenourinha a tudo assiste confortavelmente lá de cima, no seu canto. É verdade que passou um tempo bem estressado quando aquele visitante resolveu ficar uma temporada no pedaço. Ao visitante não foi dado nenhum nome. Era simplesmente o gato, que como todo bichano gosta de caçar passarinhos. Dava sua dormidinha ao sol, ao lado da Frida – que de pintinho amarelinho virou uma grande galinha. Foi crescendo, crescendo e acabou com quase todo o jardim. É bom acrescentar que esse regime não lhe fez nada bem. Ficou magra, magra e de fraca quase não andava. Ainda bem que, alguém da casa providenciou uma comidinha própria e mais forte para ela. Além de uma cama, ou seja, um poleiro. Do poleiro ela não quis saber, mas a quirela-milho moído-, lhe fez um bem enorme.
Enquanto o gato tomava seu leite e a Frida engolia seus milhinhos, Juju, Lili e Bom Bini brigavam pela sua ração. O cenourinha de sua gaiola observava a situação, deliciando-se com sua alfacinha.
Luiza que gosta de todos igualmente, também tem o Perna Alegre. Pelo seu enorme tamanho, não pode ficar em companhia da Frida, do Gato, do Cenourinha, da Juju, da Lili e do Bom Bini. Ele mora num lugar mais longe e maior. De vez em quando, Luiza dá para seu amigo grandão, uma cenoura – não o cenourinha, é claro-, mas o legume.
Assim, ela vai aprendendo a cuidar de seus bichinhos, pois um dia quer ser veterinária. Por enquanto, ela sabe que a galinha gosta de quirela, o gato de leite, o canário de alpiste e alface, os cachorros de ração com gosto de carne e a Perna Alegre de alfafa, aveia e... cenoura. Além disso, sabe também que todos seus amigos bichos são muito diferentes uns dos outros. Cada um deles tem um jeito de brincar com ela, além de ter tamanhos diferentes, vozes diferentes, cores variadas, cheiros, pelos, penas, penugens, duas patas, 4 patas, asas, bicos, focinhos...UFA!
Todos bem diferentes entre si, porém, igualmente amados por ela.

[1] Essa é uma história verdadeira. Luiza e seus bichos existem. O título foi sugerido por ela.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Uma estorinha para agradar suas crianças...

MINHA AVÓ FELICIA...

Você sabe que existem vários tipos de avós, não é? Algumas têm um sorriso gostoso, sempre que te vê. Outras, um pouco bravas, mal te olham. Outras, ainda, te agarram e ficam te beijando sem parar.

Eu tinha duas avós muiiito diferentes: a mãe da minha mãe era séria e nunca brincou comigo. Em compensação, agradava os netos com as suas quitandas. Você sabe o que é isso? É o nome que se dá aos biscoitinhos e bolinhos, variados, feitos antigamente no interior. Minha avó Isaura nasceu em Minas Gerais e lá aprendeu a fazer quitandas maravilhosas.

A mãe de meu pai era muito divertida e não é a toa que se chamava Felicia. Esse nome significa felicidade e era o jeito da minha avó. Ela fazia algumas travessuras que ninguém tem coragem de fazer até hoje. E isso faz muito tempo!
Uma vez ela estava almoçando, com a família toda, e se aborreceu por algum motivo, não sabemos qual. Adivinha o que ela fez para mostrar que estava aborrecida de verdade? Esfregou o prato de macarrão no próprio rosto! Imagine a reação das pessoas. Depois do susto começaram a rir! Ela acompanhou a risada deles e todos se sentiram mais felizes...

Uma outra arte dela foi fora de casa.
Existe no Rio de Janeiro uma confeitaria, muito antiga e muito bonita, chamada Confeitaria Colombo, que tem todas as paredes forradas com espelhos.
Um dia, Felicia lá estava com seu vestido vermelho, bem feliz vendo uma imagem refletida várias vezes e pensando que havia alguém com um vestido igualsinho ao dela e, além disso, parecidíssima com ela!


Distraída com isso, ela percebeu que algo estava escorregando pelas suas pernas. Sabe o que era?! A sua ceroula! Naquele tempo, não existiam calcinhas justas para mulheres e sim calções largos. Como ela era bem gordinha usava ceroulas, um tipo de cueca bem grande.
Pois o elástico havia arrebentado e a enorme calça estava no chão!
Você pensa que ela se aborreceu? Que nada! Chutou a ceroula abaixou-se e colocou-a na bolsa. Continuou andando como se nada tivesse acontecido e sentou-se à mesa para tomar seu chá e comer suas guloseimas, bem feliz!

Hoje, que sou avó, e não sou Felicia, às vezes fico pensando que as avós são todas iguais e também diferentes. Explico: diferentes porque cada pessoa é de um jeito – mais moças, mais velhas, gordinhas, magrinhas, altas, baixas, brincalhonas, sérias, companheiras, ocupadíssimas... Mas elas todas são iguais, sabe no que? No amor e no carinho que têm pelos netos, filhos de suas filhas e filhos de seus filhos...
E suas avós, são também assim?

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Um inicio é sempre desafiante, não é?

Eu enviei três vezes o endereço do blog para acertar...
Tenho muito o que aprender!
Penso em criar uma secção com poemas, especialmente, Hai Kais.
Mais outra com estorinhas infantis.
Mais outra com textos não infantis.

Como veem as intenções são essas. Apareçam!!!

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Sobre o nome do blog

- A vovó vale?
Esta foi a pergunta de minha neta numa reunião da empresa onde
ela trabalha e eu faço consultoria de um a dois dias por semana.
Ela se referia a minha presença ou não nos subgrupos de discussão.

- Sim, foi a resposta, a avó vale e contribui!

Gostei tanto da expressão que pensei nesse blog e na extensão:
de todas as avós e avôs que valem...
Isso tudo inspirada numa matéria sobre internautas...
Agora me aventuro nesse meio e vamos ver o que acontece!